Das ciências humanas ao mundo das ciências exatas
Bastidores de Senhor Hans
Escrevendo um gênero policial
É com grande satisfação que anuncio uma iniciativa exclusiva relacionada ao meu mais recente projeto literário, o romance policial 'Senhor Hans'. Em um esforço para compartilhar conhecimentos e inspirar outros escritores, estarei publicando uma série de postagens detalhando o processo de criação deste romance, passo a passo.
Essa série abordará diversos aspectos do processo de escrita, desde a concepção inicial da ideia até as etapas finais de revisão e edição. Planejo oferecer percepções sobre a construção de personagens, desenvolvimento de enredos, pesquisa e as estratégias para manter a disciplina e a motivação ao longo do caminho criativo.
Esta é uma oportunidade única para aspirantes a escritores, fãs de romances policiais e entusiastas da literatura em geral acompanharem o nascimento de uma obra, entendendo os bastidores e os desafios envolvidos na criação de um livro.
Fiquem atentos às próximas publicações. Convido-os a embarcarem nesta jornada literária comigo.
Atenciosamente,
Marcio N Amaral
Pregue o objetivo bem à sua vista (fotos, desenhos, textos, anotações)
Prezados Novos Escritores,
É com grande entusiasmo que compartilho com vocês minha estratégia pessoal para manter a disciplina no desenvolvimento de um livro, especialmente ao embarcar em uma jornada literária tão cativante quanto a criação de um romance policial, como o meu projeto intitulado “Senhor Hans”.
Definição Clara do Tema e Foco Central
Antes de tudo, é fundamental ter clareza sobre o tema e o foco central do seu livro. No caso de “Senhor Hans”, estamos mergulhando no universo policial, um terreno fértil para mistério, suspense e investigação. Compreender a essência do gênero policial é crucial para manter a coerência e o engajamento ao longo da narrativa.
Construção Detalhada das Personagens
Personagens bem desenvolvidos são o coração de qualquer história. Dedique tempo para conhecer profundamente cada um deles — suas motivações, histórias de fundo, características físicas e psicológicas. Em um romance policial, isso é ainda mais crítico, por serem os personagens que conduzem a trama através de suas ações e decisões.
Para escrever um conto policial, comece identificando um crime que será o ponto central da história. No nosso projeto “Senhor Hans”, escolhi um crime de guerra cometido por nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Essa decisão foi inspirada pelo ambiente ao meu redor, que me encorajou a explorar esse tema na ficção. É importante notar que, mesmo com a escolha de um tema complexo como o de “Senhor Hans”, um conto policial pode ser igualmente bem-sucedido com um tema mais simples. O sucesso da história depende de como o tema é desenvolvido. Tanto temas complexos quanto simples podem resultar em uma narrativa cativante, quando forem bem elaborados. Portanto, o foco deve estar na forma como o tema é incorporado à história. Cada elemento deve contribuir para a criação de um enredo interessante e coerente, capaz de manter o leitor engajado do começo ao fim.
Construindo as personagens
As personagens que crio em meus livros podem ser comparadas a atores em um palco teatral, cada uma desempenhando um papel distinto na trama. No contexto do livro em questão, minha inspiração surgiu enquanto eu residia no bairro do Rosário, em Ouro Preto. Meus vizinhos, um amável casal alemão, forneceram a base para um dos personagens principais. Especificamente, utilizei o Senhor Hans (um pseudônimo, é claro) como modelo protagonista.
Com os avanços tecnológicos atuais, a concepção de personagens pode ser realizada de forma gráfica, uma evolução significativa em relação ao passado, quando eu teria recorrido ao desenho manual, uma habilidade derivada de minha experiência profissional em ilustração. Os escritores contemporâneos têm a opção de utilizar a Inteligência Artificial para auxiliar na criação de personagens gráficos para materializar a história visual em volta de nós mesmos, um recurso exemplificado aqui, que permite que contracenemos com eles. No entanto, aqueles que possuem habilidade em desenho ainda podem optar por esta técnica tradicional. Como ilustração deste ponto, apresento um desenho de minha autoria, parte da galeria de arte disponível neste mesmo site. Este processo criativo denomino como a 'fase de definição de caráter' das personagens. Tais desenhos ou imagens geradas, fixadas em torno do meu ambiente de trabalho, aguçam a inspiração e ajudam a incorporar à personagem durante o ato de escrever.
Senhor Hans Krueger
Senhor Hans Krueger é uma figura enigmática e misteriosa que habita um imponente casarão colonial de alto padrão na Rua de Cima, no histórico Bairro do Rosário. Aos 77 anos, esse alemão de vida reservada carrega consigo um ar de mistério que permeia cada aspecto de sua existência.
A fachada de seu sobrado, imponente e majestosa, esconde mais do que luxo; ela guarda os segredos de um homem que vive à margem da sociedade. Hans escolheu este bairro específico para sua moradia, talvez atraído por sua tranquilidade ou talvez por razões mais obscuras.
Sua rotina é calculada e discreta. Ele é conhecido por caminhar pelas ruas desertas nas horas mais inesperadas, evitando os olhares curiosos dos vizinhos. Seu traje é sempre impecável, mas funcional: um longo casaco que lhe vai até os joelhos, adornado com golas altas, acompanhado de um chapéu que lhe cobre o rosto, escondendo suas feições e, possivelmente, seus pensamentos.
Uma característica marcante é sua maneira de andar: Hans manca de uma perna, e sua bengala é mais do que um suporte, é um companheiro que se move em perfeita sincronia com seu passo manco, quase como se marchasse. Essa bengala, sempre presente, parece ser tão parte dele quanto qualquer membro de seu corpo.
Seu passado é envolto em mistérios. Ele trabalha para uma mineradora multinacional com fortes laços com a indústria alemã, sugerindo conexões e influências que vão além de um simples emprego. As atividades profissionais de Hans, assim como sua vida pessoal, são cercadas de especulações e teorias, alimentando rumores entre os moradores locais.
Quando Hans se mudou para o bairro, fez isso sob o acoito da noite, adicionando um elemento ainda mais misterioso à sua chegada. Essa escolha de horário, longe dos olhares curiosos, reforça a aura de segredo que o envolve. Um aspecto intrigante de sua vida no bairro é a proximidade de sua residência com a casa dos pais de Felipe, seu vizinho de parede. Esse detalhe pode não ser uma coincidência, e sim mais uma peça no complexo quebra-cabeça que é a vida de Hans Krueger. Apesar de sua aparência e comportamentos suscitarem suspeitas, Hans Krueger permanece uma incógnita, um enigma que desafia a curiosidade dos moradores do Bairro do Rosário. Seus hábitos, cuidadosamente construídos e meticulosamente mantidos, são um reflexo de uma vida reclusa e de escolhas que permanecem, até agora, um mistério. (Na vida real foi um ótimo, sorridente e amigável vizinho)
Senhor Abel do Jeep
O Senhor Abel é uma figura emblemática e complexa, marcada por uma vida extraordinária e repleta de experiências intensas. Como correspondente de guerra, ele testemunhou de perto os horrores e atrocidades da Segunda Guerra Mundial, incluindo a brutalidade inimaginável dos campos de concentração e a implacável ferocidade das batalhas fronteiriças. Essas experiências não apenas moldaram seu caráter, mas também lhe conferiram uma profunda compreensão dos aspectos mais sombrios da natureza humana e da história mundial.
Em contraste com o cenário sombrio de sua carreira, o Senhor Abel mostra um lado mais terno e educacional em sua vida pós-guerra. Ele escolhe compartilhar seus conhecimentos e experiências com a geração mais jovem, reunindo ocasionalmente os jovens de seu bairro em seu antigo e desgastado escritório. Essas reuniões não são apenas sessões de contação de histórias, mas sim aulas vivas de história, oferecendo aos jovens uma perspectiva única e em primeira mão dos eventos históricos que moldaram o mundo moderno.
O escritório do Senhor Abel, um relicário de memórias e histórias, reflete sua jornada pessoal e profissional. Cada objeto, desde o desgastado capacete de soldado em sua mesa até as fotografias amareladas na parede, serve como um testemunho silencioso das lições aprendidas e das histórias vividas. Ele não é apenas um narrador de histórias, mas também um educador, um guardião da memória histórica, dedicado a passar suas vivências e aprendizados para a próxima geração.
O caráter do Senhor Abel é marcado por um equilíbrio entre a gravidade de suas experiências de guerra e seu compromisso altruísta de educar os jovens. Seu legado não é de um correspondente de guerra que documentou um dos períodos mais sombrios da história, mas também o de um mentor que tem em vista iluminar o caminho das futuras gerações com a luz da verdade e do entendimento. (Na realidade foi o que a personagem dele é.)
Benjamim Babsky
O Senhor Benjamim Babsky é uma figura de coragem inquestionável e resistência extraordinária, cuja jornada de vida é marcada por desafios e perigos contínuos. Residente no Bairro do Rosário, em Ouro Preto, próximo à histórica Ponte do Rosário, ele carrega consigo um passado assombrado pela tragédia e uma presente constante ameaça à sua segurança.
Sua história começa em Auschwitz, onde, como prisioneiro, ele milagrosamente escapou da câmara de gás. Esse ato de sobrevivência representou não apenas uma resistência física, mas também um desafio à brutalidade desumana do regime nazista. Após a guerra, Benjamim não se contentou em simplesmente reconstruir sua vida. Ele escolheu uma senda de justiça e retribuição, alinhando-se com a Mossad, a agência de inteligência de Israel, em sua implacável busca por criminosos de guerra nazistas.
No entanto, este caminho veio com seu próprio conjunto de riscos mortais. Benjamim se viu constantemente na mira de forças que desejavam silenciá-lo. Ele sobreviveu a múltiplos atentados à sua vida, incluindo tentativas perigosas na Argentina e no Brasil. Cada ataque era um lembrete da constante ameaça que pendia sobre ele, mas também servia para fortalecer sua determinação.
A vida do Senhor Babsky é um testemunho da tenacidade humana diante da adversidade e do perigo. Mesmo correndo risco de vida, ele permanece inflexível em sua missão de justiça. Sua existência é uma batalha contínua, não apenas contra aqueles que perpetraram crimes contra a humanidade, mas também contra o esquecimento das atrocidades do passado. Ele vive cada dia com a consciência de que o perigo está sempre à espreita, mas com a firme convicção de que a luta pela justiça e verdade é um imperativo moral que supera o medo. (Na realidade foi um morador respeitoso, ótima pessoa, e muito pacifico)
Ambientação é essencial para convencer
Ao empreender a jornada de dar vida à sua história, é fundamental que a autenticidade do ambiente no qual sua trama se desenvolve seja uma prioridade máxima. A verissimilhança do cenário não é apenas um pano de fundo para os eventos, mas um personagem vital que enriquece e confere profundidade à narrativa. Portanto, gostaria de oferecer algumas orientações essenciais para garantir a fidelidade ao ambiente em seu texto.
Imersão Detalhada
Faça uma imersão profunda no ambiente onde sua história se passa. Se não for possível visitar fisicamente o local, utilize recursos como o Google Earth e o Street View para realizar um tour virtual. Explore cada rua, cada esquina, absorvendo os detalhes que tornam aquele lugar único.
Captura de Detalhes
Observe cuidadosamente as características arquitetônicas, as cores das fachadas, os tipos de pavimentação das ruas e as peculiaridades do cenário natural. Note como a luz do sol incide sobre os edifícios, as sombras que as árvores projetam ao entardecer, e os sons característicos do lugar.
Integração de Elementos Históricos
Enriqueça seu texto com fatos históricos relevantes ao local. Esses elementos não só adicionam profundidade, mas também ajudam a ancorar a história em um contexto realista. Investigue a história local, as lendas, os eventos significativos e como eles moldaram o caráter do lugar.
Descrição Realista
Ao escrever, use essas observações para descrever o ambiente com realismo e precisão. Não se limite a aspectos visuais; inclua cheiros, sons e a textura das coisas. Isso ajudará a criar uma imagem vívida na mente do leitor.
Consistência com a Trama
Garanta que os detalhes do ambiente estejam em harmonia com a trama. Por exemplo, se um personagem percorre um determinado trajeto, as descrições desse trajeto devem ser consistentes com a realidade do local.
Integração com a Narrativa
Utilize o ambiente para complementar e enriquecer a narrativa. Deixe que o cenário influencie as ações dos personagens, moldando suas experiências e decisões.
Evite Exageros Desnecessários
Embora detalhes sejam importantes, é crucial encontrar um equilíbrio. Evite sobrecarregar o leitor com informações excessivas que não contribuem para o avanço da história.
Ao seguir estas orientações, você conseguirá criar um ambiente rico e convincente que não apenas complementa, mas também realça a sua narrativa, proporcionando uma experiência imersiva e inesquecível para o leitor.
A ponte do Rosário e a casa dos Babsky
Na sombra do Bairro do Rosário, próximo a uma ponte antiga, ergue-se a casa do Senhor Benjamim Babsky. De estilo francês, com sua fachada em um tom rosa pálido, a residência exala um charme delicado, mas sob essa beleza reside uma vulnerabilidade presente. As varandas clássicas, adornadas com portais verdes e portas brancas, contrastam com a sensação de perigo que parece espreitar nas sombras.
Com oito janelas no segundo andar, quatro belas portas avarandadas, a casa tem olhos que observam cautelosamente o mundo exterior, refletindo um mistério inquietante. O jardim, embora exuberante com seu pomar, serve como um lembrete de suspense da exposição da casa, aberta e acessível, uma aconchegante armadilha para seu ocupante perseguido pelos criminosos de guerra.
Musgos e trepadeiras, subindo pelos muros e grades, adicionam ao local um ar pitoresco, mas essa beleza natural mal consegue mascarar a tensão que permeia o ar. A casa do Senhor Babsky, um refúgio de paz em tempos mais simples, agora se encontra na encruzilhada de uma história sombria, abrigando um homem cujo passado está intrincado com os horrores da perseguição nazista. Sr Babsky é fator de risco considerado pelos criminosos fugitivos.
Felipe e Vicente
Felipe, um dos protagonistas da história, é apelidado por seu amigo Vicente de “Galego” e “Zóio Azedo”, uma referência aos seus olhos claros, e ocasionalmente de “Barata Descascada” devido à sua pele pintada. Ele divide o protagonismo com o Senhor Hans e é conhecido por sua abordagem prática aos estudos, acreditando que qualquer nota acima de 6 é um desperdício de tempo que poderia ser melhor empregado em outras atividades.
Curioso e observador, Felipe nutre suspeitas sobre um casal de alemães recém-chegado ao bairro. Ele é bem-relacionado e possui um círculo íntimo de amigos, incluindo Vicente, a quem chama carinhosamente de “Maisena” devido à sua descendência afro, e Marco, apelidado de “Sô-lobo”. Outro amigo próximo de Felipe é conhecido como “Sá-onça”. No Bairro do Rosário, onde se passa a história, os apelidos são uma prática comum, e a comunicação por assobios é usada para manter segredos durante atividades ilícitas.
Felipe é extremamente familiarizado com o bairro, conhecendo cada beco e telhado, habilidade que ele utiliza para transitar pelos sótãos e espionar os moradores, especialmente a jovem Gilmara durante seus banhos.
Ele também é amigo de um jovem mais velho, Roger Ferreti, descrito como centrado e inovador, que já trabalha com o pai e é talentoso na criação de foguetes, um passatempo inspirado pela corrida espacial da Guerra Fria. Apesar de seus próprios esforços resultarem em fracasso, Felipe encontra um mentor e aliado no Senhor Hans, que promete ajudá-lo a construir um foguete eficiente quanto os de Roger, ou melhor. (Na vida real, Felipe um é jornalista, engenheiro, artista e escritor. Vicente é um grande diretor de iluminação e cuidou da Casa de Óperas até se aposentar. É violeiro por tradição familiar)
Roger Ferreti
Roger Ferreti é uma personagem cativante e exemplar no universo de Felipe. Mais velho do que Felipe, Roger serve não apenas como um amigo, mas também como um modelo a ser seguido, especialmente para alguém mais jovem e em busca de inspiração.
Vizinho da casa de frente de Felipe, Roger trabalha com seu pai desde tenra idade, Roger desenvolveu uma ética de trabalho admirável e uma responsabilidade que ultrapassa as expectativas comuns para alguém de sua idade. Ele é conhecido por sua inteligência única, que não apenas o distingue entre seus pares, mas também o torna um recurso valioso em qualquer empreendimento.
Uma das paixões mais distintas de Roger é sua obsessão pela corrida espacial da Guerra Fria. Esta não é apenas uma curiosidade passageira; ele dedica uma quantidade significativa de tempo e energia estudando, pesquisando e, mais impressionantemente, construindo miniaturas funcionais de foguetes. Seu talento nesta área é inquestionável. Suas réplicas são mais do que modelos; elas são obras de arte mecânicas que capturam a complexidade e a beleza dos foguetes reais.
Em relação a Felipe, Roger é um amigo leal e um mentor. Ele está sempre disposto a ajudar Felipe em qualquer questão ou desafio, oferecendo conselhos, apoio e, quando necessário, a assistência prática. No entanto, apesar de sua abertura e disposição para ajudar, Roger mantém certos aspectos de seu trabalho e de suas invenções em segredo. Esta natureza reservada em relação aos seus projetos mais pessoais adiciona uma camada de mistério à sua persona, tornando-o ainda mais fascinante e respeitável.
Roger Ferreti é, portanto, uma figura multifacetada: um trabalhador diligente, um inventor brilhante, um amigo dedicado e uma fonte de inspiração. Sua habilidade de equilibrar sua paixão pelas invenções com suas responsabilidades e sua amizade com Felipe o torna um personagem profundamente interessante e admirável. (Na vida real é atualmente um competente advogado)
Dona Concessa
A mãe de Felipe é uma personagem de força e delicadeza, uma mulher que equilibra habilmente as demandas de cuidar de quatro crianças com a paixão por suas atividades artísticas. Enquanto seu marido trabalha na mineração, ela é o pilar da casa, uma fonte de amor, estabilidade e orientação para sua família.
Ela possui dons artísticos notáveis. Seus quadros são mais do que meras pinturas; são expressões de sua alma, repletos de cores vivas e pinceladas que capturam a beleza e a essência da vida ao seu redor. Cada quadro é uma janela para seu mundo interior, um reflexo de sua sensibilidade e percepção artística. Suas obras são maravilhosas, celebradas não só pela família, mas também por aqueles que têm a sorte de vê-las.
Além de sua habilidade com pincéis e telas, ela é uma costureira exímia. Seus trabalhos de costura são feitos com tal precisão e cuidado que cada peça parece ser mais uma obra de arte. Ela consegue transformar tecidos simples em criações magníficas, seja um vestido para suas filhas ou uma camisa para seu marido.
Como mãe, ela é uma figura de autoridade e ternura. Sua mão firme na condução dos filhos é equilibrada com um coração cheio de amor e compreensão. Ela sabe quando ser rigorosa e quando oferecer um abraço acolhedor. Sua habilidade em gerenciar a casa e cuidar de suas crianças, enquanto ainda encontra tempo para suas paixões artísticas, é admirável. Ela é um exemplo de dedicação, amor e resiliência, inspirando seus filhos e todos ao seu redor com sua força e talento. (Na realidade é a mãe do autor deste livro, já falecida)
Marco
Marco, filho do correspondente de guerra e combatente, Senhor Abel, é um personagem notável e um dos melhores amigos de Felipe e Vicente. Sua vida em família é agitada, sendo um entre seis irmãos, o que lhe proporciona uma experiência rica e diversificada desde cedo.
O jovem Marco mora em um antigo casarão, um local que se tornou um ponto de encontro para as crianças do bairro. Uma das dependências abandonadas do casarão foi transformada em um clube, um refúgio para Marco e seus amigos, incluindo Felipe e Vicente. Este espaço se torna um cenário de aventuras e camaradagem, um lugar onde eles podem ser eles mesmos, longe dos olhares dos adultos.
Marco herdou do pai uma personalidade corajosa e um espírito aventureiro. Ele é conhecido por ser leal, destemido e sempre disposto a se aventurar em novas experiências. Sua vida em uma família grande lhe ensinou a importância de compartilhar, colaborar e cuidar dos outros, características que ele leva para suas interações com amigos.
Apesar de jovem, Marco mostra sinais de liderança e uma maturidade incomum para sua idade. Ele é frequentemente visto como o mediador em conflitos entre seus irmãos e amigos, demonstrando uma habilidade natural para resolver problemas e manter a paz.
No coração do bairro, Marco é mais do que um amigo para Felipe e Vicente; ele é um irmão em espírito. Sua presença traz energia e entusiasmo para o grupo, e ele é uma peça central nas aventuras e peripécias que eles vivenciam juntos. Marco é um personagem que personifica a amizade, a coragem e a alegria de viver. (Na vida real é um empresário de TI de muito sucesso, na atualidade)
Construindo o ambiente
CAPÍTULO 1 - OURO PRETO, RUA DE CIMA, 1960
Arquivos contendo o Capítulo 1 e a avaliação.
Faça a IA trabalhar para você.
Não deixe que ela tire a sua autoria.
Quando você usa a versão paga do Chat GPT, ele vem com várias opções, sendo uma delas o All-around Writer para usar como avaliadora do que você escreveu.
A Autenticidade do Escritor e o Uso Responsável da Inteligência Artificial na Avaliação Literária
A jornada de um escritor é marcada pela busca constante de sua voz autêntica, um estilo que ressoa verdadeiramente com seu íntimo e com seu público. Esta autenticidade é o coração da escrita criativa, um fator inegociável que distingue uma obra literária. No entanto, na era da tecnologia avançada, a Inteligência Artificial (IA) surgiu como uma ferramenta intrigante, capaz de oferecer suporte no processo criativo, mas nunca de substituir a essência humana por trás das palavras.
A Essência da Autenticidade na Escrita
Cada escritor possui um universo único de experiências, percepções e estilos de narrativa. Escritores como Gabriel García Márquez, com seu realismo mágico, e Jane Austen, com sua aguda observação social, são celebrados por suas vozes distintas. A autenticidade não é apenas uma marca de originalidade, mas também um convite para os leitores entrarem no mundo exclusivo do autor.
Inteligência Artificial: Uma Ferramenta, Não um Autor
A IA, em sua essência, é uma ferramenta poderosa que pode auxiliar na elaboração de estruturas de narrativa, na verificação gramatical, e até na sugestão de ideias. No entanto, é crucial entender que ela serve para amplificar a criatividade humana, não para ser a fonte dela. A IA não possui a capacidade de replicar a profundidade emocional e a experiência vivida que um autor humano traz para sua obra.
Mantendo o Controle: O Escritor no Comando
Ao incorporar a IA no processo de escrita, os autores devem permanecer no comando. É vital usar a IA como um meio para aprimorar e refinar a escrita, sem perder a própria voz. Estratégias podem incluir limitar o uso da IA para tarefas específicas, como edição de texto ou geração de ideias iniciais, sempre assegurando que a narrativa final seja profundamente pessoal e verdadeira.
Uso Responsável da IA na Avaliação da Escrita
A IA pode ser uma excelente aliada na avaliação objetiva da escrita, fornecendo feedback sobre estrutura, coesão e até mesmo sugerindo melhorias estilísticas. No entanto, é essencial que o escritor interprete esse feedback através do filtro de sua intuição e visão artística. A IA pode apontar um caminho, mas cabe ao escritor decidir se e como seguirá por ele.
Conclusão
A autenticidade na escrita é um tesouro inestimável que cada escritor deve zelar. A IA, embora seja uma ferramenta útil, não deve e não pode ser a autora de uma obra literária. Encorajamos os escritores a abraçarem sua própria voz, usando a IA de forma responsável e equilibrada, para que a autoria humana e a genuinidade artística sempre prevaleçam em suas criações.